Pais separados e duas casas. E a alimentação das crianças como fica?

Pesquisas em diversas partes do mundo ligam pais separados ao sobrepeso infantil. Se você vive essa realidade ou quer evitar o problema, veja o que pode ser feito.

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Por:

Cristina Severgnini | Jornalista MTb/RS nº 9.231

Pais separados é uma situação bastante comum nos dias atuais. E aí a criança passa a ter duas casas, dois quartos e, não raro, são submetidas a dois sistemas diferentes de hábitos alimentares, horários diversos para as refeições e pratos que nem sempre são o ideal no quesito boa nutrição. 

Seja com guarda compartilhada ou quando os filhos moram com um dos pais e passam fins de semana com o outro, ocorrem situações em que o adulto quer compensar o tempo longe do filho tornando divertidos os momentos juntos, o que acaba em comilanças desregradas. 

Ou ainda, a situação ingrata na qual não é mais possível contar com a ajuda de um parceiro ou parceira no dia a dia pode acabar em falta de tempo para preparar refeições saudáveis, abrindo espaço para muitos doces e calorias em excesso.

“Separação dos pais, com raras exceções, muda a rotina das famílias e os hábitos alimentares.”

O problema é sério! Tanto que nas décadas mais recentes, pesquisadores de diversos países têm apresentado estudos ligando a obesidade infantil à situação da separação dos pais.

Seja em que canto do planeta for, as conclusões são semelhantes: crianças filhas de pais separados tendem a engordar depois da ruptura conjugal. 

Uma das pesquisas mais representativas sobre o tema foi feita pelo Instituto de Saúde Pública da Noruega em 2014 e mostrou que os filhos de pais divorciados eram 54% mais predispostos à obesidade e ao sobrepeso e 89% à obesidade abdominal do que filhos de pais casados. 

Os pesquisadores analisaram peso, altura e circunferência abdominal de mais de 3 mil crianças de cerca de oito anos. O resultado foi que uma em cada cinco crianças (19%) estava com sobrepeso ou obesidade e, desses, a maioria era formada por filhos de pais separados. Clique aqui para conferir a pesquisa na íntegra.

Mesmo não sendo fácil, é possível. Veja abaixo, o que você pode fazer:

Deixe as diferenças de lado e converse com o ex-parceiro

Pelo bem dos filhos, os pais devem deixar de lado as diferenças e levar a sério o bem-estar da criança. O ideal é que ambos os pais tenham consciência sobre a importância da nutrição saudável e definam as regras e metas. E esforcem-se ao máximo para cumpri-las, é claro!

Estabeleçam cardápio para ambas as casas

Os pais devem combinar conjuntamente o cardápio dos filhos, como a quantidade de legumes e frutas que a criança deve consumir diariamente, quais os alimentos vetados e quais são permitidos raras vezes. 

Se for possível um informar o outro sobre detalhes da alimentação planejada e o que foi consumido, melhor ainda.

Guloseimas sim, mas não sempre

Criança é criança e merece momentos de comilança de vez em quando. Mas os pais devem estabelecer os dias de guloseimas alternando entre as datas com o pai e com a mãe. 

Isso para que não fique um com fama de mau obrigando a criança a manter hábitos saudáveis e outro com cartaz de bonzinho deixando consumir todos os refrigerantes e sorvetes que a criança quer e na hora em que bem entender.

Incluam a criança nas decisões

É importante que a criança, se for maiorzinha e tiver capacidade de entendimento, participe dos combinados e saiba que ambos os pais concordam com as regras e que elas devem ser seguidas nas duas casas. 

Também é preciso ser claro quanto à rotina e esforçar-se ao máximo para manter as normas estabelecidas.

No lazer, tenham também atividades físicas

O lazer das crianças deve ter esportes e atividades que gastem a sempre presente energia infantil.

E esse é outro ponto que deve ocorrer em equilíbrio entre ambos os pais, de forma que não fique apenas um “malvado” forçando a criança a se exercitar e o outro permita horas a fio na frente das telas de videogame, computador e televisão.

Chame a criança para “ajudar” na cozinha

Ao incluir a criança no preparo de alguma receita (delegando a ela apenas o que é seguro para a idade), é possível ir passando informações sobre o que é uma alimentação saudável e, quem sabe, despertar o gosto pelo preparo de alimentos. 

E incentive para que o filho ajude no preparo dos alimentos também na “outra casa”. Clique aqui e veja uma sugestão de prato que pode ser preparado com a ajuda da criança.

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